Métricas são pontos importantes na gestão de TI, pois tornam possíveis a definição de metas e a análise de times, sob um ponto de vista mais abrangente. Além das métricas de TI, que avaliam o desempenho de todos os processos, também são aplicados índices para as equipes de desenvolvimento. Tais indicadores analisam desde a qualidade dos códigos até o número de interrupções as quais o desenvolvedor é submetido.
Neste post, comentaremos sobre algumas dessas métricas e como elas impactam a qualidade do produto final. Acompanhe!
Conceito de métricas para equipes de desenvolvimento
Antes de sugerir métricas, é fundamental caracterizá-las. Primeiramente, um indicador deve ser facilmente coletado. Também deve pertencer a um pequeno conjunto de índices, visto que, dessa forma, o controle e acompanhamento é mais eficiente.
Sua coleta deve ser frequente para que as ações relacionadas aos seus resultados também sejam rápidas. Além disso, devem-se evitar medições que possam ser alteradas sem que necessariamente a produtividade aumente.
Veja alguns exemplos de métricas de desenvolvimento:
Número de Interrupções e mudanças de foco
Toda interrupção deve ser contabilizada juntamente com as mudanças de tarefa. Ela ocorre devido à dependência de pessoal-chave. A interrupção é prejudicial, pois traz um delay na retomada da tarefa principal, o que causa atrasos e erros por desatenção na linha de raciocínio.
Velocidade de desenvolvimento
Velocidade de entrega só são úteis quando a empresa já possui um padrão. Logo, não é a velocidade que é medida, mas sim sua variação. Essa variação é observada quando desenvolvedores entram e saem de times. Serve principalmente para calibrar as estimativas. Essa métrica também exprime o número de versões finais lançadas dentro do prazo.
Bugs ou qualidade de código
Existe geralmente uma troca entre velocidade e qualidade de código/bugs. A incidência de bugs deve ser medida durante o desenvolvimento e no tempo em que houver a utilização pelos consumidores e por desenvolvedores de fora do time.
Tempo de ciclo da tarefa
Esse é o tempo que o desenvolvedor leva para realizar uma tarefa que lhe foi designada. Basicamente, é o período em que ele fica ocupado com aquela tarefa, levando em consideração os atrasos e as interrupções. Assim, essa métrica serve mais para identificar atividades não produtivas do que para definir um tempo de realização de tarefas.
Número de release candidates (RC)
Release candidates são as versões finalizadas enviadas ao setor de qualidade para aprovação. São produtos com potencial para se tornar o final. Ao contabilizar o número de RC, a gestão pode avaliar quão bem o time de desenvolvimento está se saindo.
Métricas sob o ponto de vista dos desenvolvedores
Cabe lembrar que as métricas são requisitadas de cima para baixo, ou seja, os gestores que examinam a eficiência dos desenvolvedores. Em pesquisa realizada em 2014 pela Tasktop e sumarizada pela Techtarget, ocorre uma mudança pelos próprios desenvolvedores na forma de como a produtividade deve ser medida.
Esse estudo apontou que os desenvolvedores preferem ser avaliados da seguinte forma:
- 27% — tempo de ocupação;
- 17,7% — atividades completas;
- 16,5% — valor das tarefas;
- 15,7% — tempo por tarefa realizada;
- 14,5% — número de alteração de foco e interrupções.
Como pode ser visto, a maioria dos desenvolvedores não quer ser medido por determinada tarefa, mas sim pelo estado de ocupação. Nessa mesma pesquisa, os desenvolvedores ainda mencionaram o que é ou não é produtivo.
O destaque de ação produtiva, como era de se esperar, é a programação em si, com 72%. Já 58% deles apontaram reuniões como maior fonte de improdutividade.
Com o uso de métricas simples e de fácil acompanhamento, sempre levando em consideração a opinião dos desenvolvedores, sem usá-las para ranquear colaboradores, a gestão de TI se torna simples e ágil como deve ser.