Para contextualizar esta situação precisamos analisar todos os fatores inerentes e envolvidos na evolução da TI. Podemos verificar que nos últimos anos, a Tecnologia da Informação (TI) tem sido tratada por alguns grupos como estratégia para a competitividade das empresas e por outros grupos como uma commodity. Independentemente dos pontos de vista apresentados, os investimentos em TI crescem a cada ano e por consequência a exigência em relação aos retornos dessa área também tem aumentado.
Os princípios de TI tratam diretamente do papel de TI para a empresa. O alinhamento estratégico deve considerá-los para projetar a arquitetura de TI, a infraestrutura de TI, necessidades de aplicações, segurança de informação, capacidade de atendimento, competências, investimentos, desempenho e SLA. O papel da TI é contribuir para a realização da estratégia competitiva da empresa. Os princípios servem para guiar o comportamento das pessoas e da administração da empresa em relação ao uso da tecnologia da informação.
Um dos temas comumente abordados em várias metodologias e melhores práticas trata-se de monitoração de TI do portfólio deste, sem ele o Gestor não terá condições de avaliar em ordem macro, as necessidades, anseios, demandas internas e externas, principalmente alinhar TI ao negócio e por fim encontrar as melhores soluções e serviços no mercado corporativo.
Objetivos e importância do Portfólio de TI
- Comunicar as prioridades de investimentos de TI da empresa;
- Mostrar os riscos dos investimentos em TI;
- Eliminar as redundâncias nas iniciativas de TI;
- Otimizar recursos alocados à TI;
- Monitorar as iniciativas de TI;
- Balizar mudanças de prioridades da empresa que são refletidas em TI;
- Ser o elo entre a estratégia, os objetivos do negócio e as iniciativas de TI.
Por sua vez, o CIO no contexto de planejamento e gestão deverá:
- Efetuar a Gestão de conformidade;
- Avaliar e Gerir outros serviços;
- Efetuar a Gestão financeira;
- Efetuar a Gestão de fornecedores;
- Efetuar a Gestão de pessoas;
- Planejamento da TI;
- Gestão do portfólio de TI.
Vejam que existem muitos desafios para o gestor de TI poder direcionar seus esforços e conseguir gerir tudo isso. Cada vez mais se torna mais complexo e necessário boas ferramentas e parceiros flexíveis o suficiente para atender a demanda.
- A TI pode contribuir para as organizações colaborarem com a estratégia competitiva das empresas ao proporcionar vantagens de custos;
- Permitir a diferenciação de seus produtos e serviços;
- Possibilitar melhor relacionamento com clientes;
- Permitir a entrada mais fácil em alguns mercados;
- Possibilitar o estabelecimento de barreiras de entradas;
- Auxiliar a introdução de produtos substitutos;
- Permitir novas estratégias competitivas com o uso de sua tecnologia;
- Suportar dados que vão auxiliar em tomada de decisão estratégica.
Independente da importância de TI estar relacionada com a redução de custos ou ter um papel estratégico para o negócio da empresa, o que permitirá controlar e gerir melhor os ativos de TI.
Governança de TI
“Consiste em um ferramental para a especialização dos direitos de decisão e responsabilidade, visando encorajar comportamentos desejáveis no uso da TI.” Peter Weill & Jeanne W. Ross.
A adoção acelerada de processos de gestão de infraestrutura nas empresas, dentro do conceito de Governança de TI, tem como principal motivação, internamente, a cobrança crescente sobre os responsáveis pelas operações de tecnologia da informação quanto à maximização do uso dos investimentos já realizados. Em vista ao forte crescimento do investimento em TI nas empresas está a preocupação das empresas em melhorarem seus processos operacionais, reduzir custos, aumentar a eficiência dos funcionários, aperfeiçoar e encontrar fornecedores que sejam parceiros.
A padronização tem como benefício criar a possibilidade futura de comparações entre organizações em bases semelhantes. Mas o principal benefício da governança, ou em outros termos, da utilização de indicadores como ferramenta de apoio à tomada de decisões, é o desenvolvimento da cultura gerencial que se baseia na expressão do professor e consultor Peter Drucker “O que não se mede não se gerencia”.
De acordo com alguns consultores, a gestão por indicadores apresenta as seguintes características:
- A gestão deve estar focada no que for medido;
- Tudo o que é importante deve ser medido;
- Nem tudo é importante em um processo;
- Toda medida deve estar associada a uma tomada de decisão;
- Os critérios e alternativas da tomada de decisão devem ser bem conhecidos;
- Os itens anteriores devem ser revistos periodicamente.
Métricas são uma das formas de estabelecer medições
Nas últimas décadas, vem surgindo e sendo elaborados uma série de modelos de melhores práticas para a Gestão de TI. Alguns destes modelos são originais e outros derivados e/ou evoluídos de outros modelos. Como descrito abaixo, os modelos de melhores práticas auxiliam na implantação da Governança de TI, entretanto existem “gaps” a serem resolvidos, no alinhamento estratégico e na decisão, compromisso, priorização e alocação de recursos.
Observando as melhores práticas, os conceitos adotados e sugeridos por diversas consultorias, pode-se claramente notar que em tecnologia “o que não é medido não é gerenciado”. Todos os serviços devem estar baseados em indicadores. É preciso usar conceitos consolidados de medição e avaliação com foco em governança de TI.
Governança de TI só tem sentido inserido em um contexto de melhorias no processo de tomada de decisão e de gestão. A intenção é torná-la cada vez mais transparente com seus processos organizados e alinhados com o CORE BUSINESS das organizações.
Melhoria da monitoração de TI como processo
Poderíamos analisar e considerar outros aspectos e situações que comprovam a eficiência e eficácia de ter inserido nas organizações o processo de monitoração de TI e seu ambiente. As melhores práticas apontam claramente para esta vertente tendo obviamente outros processos.
Por fim, o mais importante para toda organização que esta crescendo ou precisa reestabelecer padrões, melhorar processos, antes de iniciarem aquisição de equipamentos, aumentar quadro operacional, estarem preparados e condicionados em poder analisar as informações através de relatórios, dados estatísticos por períodos de tempo do seu ambiente. Desta forma, conseguirá o gestor de TI reduzir custos e agregar valor ao negócio com idéias que possam contribuir com a empresa em seu todo.
Neste sentido podemos concluir que o profissional de TI está cada vez mais redirecionando seu perfil em direção à gestão dos negócios, abrindo mão da gestão da tecnologia. O grande avanço é que hoje se faz planejamento estratégico de TI acompanhando o plano de negócios das organizações, por isso se faz necessário que TI tenha informações que correspondam efetivamente ao seu ambiente e estejam de acordo com as intenções e estratégias da organização, ou seja, gastar não é a melhor métrica.
O fundamental é ter um conjunto de informações, coletadas de forma transparente, bem analisadas, suportadas por ferramentas de inteligência de negócios, em condições de prever o que vai acontecer e como vai acontecer. Informações que permitam tomar decisões futuras, precisam estar também dentre os principais projetos de toda organização sendo projetos de governança e monitoração de TI.