IPV6 é o protocolo da internet. A versão 6 é a mais atual e sucede a anterior, IPV4. Ao enviar e receber informação pela internet, os dados são divididos em pacotes. Cada pacote é identificado por um endereço de quem envia e de quem recebe.
Esse endereço é entendido como único e, assim como placas de carros, existe um limite para a existência de diferentes identificadores. Esse limite já está bem próximo de ser atingido, pertencendo ao já sobrecarregado padrão IPv4.
A solução para isso é um novo padrão, o IPv6, que já existe mas que até então não era utilizado. Trataremos um pouco sobre o que é o IPv6 e como sua adoção impactará na internet atual.
Esgotamento do protocolo IPv4
Os motivos para o esgotamento desse padrão são bem intuitivos: rápido crescimento de usuários, grande número de dispositivos permanentemente conectados (modems), grande número de dispositivos móveis e utilização ineficiente de endereços.
Essa utilização de todos os 4,3 bilhões de endereços IPv4 já é antecipada desde 1980, quando se visualizou o boom de crescimento na utilização da internet.
A criticidade foi postergada até o início deste ano de 2017, quando apenas novas empresas que ainda não haviam solicitado o IPv4 poderão fazê-lo, e com número limitado de endereços.
Conceito de IPv6
Esse novo padrão de protocolo não é novo. Ele foi criado em 1998 e lançado oficialmente em 2012, mas só agora tornou-se realmente necessário.
As características do IPv6 podem ser resumidas em vantagens, como as apresentadas pela Networkcomputing (no link também é possível ler os detalhes técnicos de cada item):
- roteamento mais eficiente;
- melhor processamento de pacotes;
- fluxo de dados diretos;
- configuração de rede simplificada;
- suporte para novos serviços;
- melhoria da segurança.
Adoção do protocolo IPv6
Para se ter uma ideia da adoção desse novo padrão, é recomendado visualizar o monitoramento de acessos realizado pelo Google, onde se vê que mais de 18% dos acessos ao Google no mundo já é feito por IPv6.
Quando a análise é feita por país, o Brasil está em boa situação. A adoção aqui já é de 18,4%, e os usuários enfrentam menos problemas de compatibilidade e conexão. Para comparação, Estados Unidos têm 35,4%, Japão 17,37% e Bélgica 47,63% de seus usuários conectados via IPv6.
Já a disponibilidade do serviço é fornecida pelo ipv6-test, que aponta um suporte de quase 50% dos hosts para com o novo protocolo. É possível ver quais são os provedores que fornecem essa possibilidade no Brasil.
Sobre a implementação em empresas, em pesquisa realizada pela TeamArin apenas 20% dos respondentes consideraram o custo como o maior empecilho. As dificuldades técnicas lideram com quase 70%. Suporte e treinamento são os outros dois problemas considerados pelas empresas.
Essa nova situação de transição tem nome e é chamada de dual-stack, sendo que IPv4 e IPv6 funcionarão de forma simultânea por mais alguns anos. Nela, alguns usuários poderão ser afetados, pois a tradução (mecanismo chamado de NAT) entre os padrões de protocolo é lenta.
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