Com a evolução de sistemas avançados para análise de dados corporativos, a governança de dados se tornou uma das prioridades para grande parte das empresas. A preocupação com novas legislações, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados do Brasil), também obriga as organizações a ter novas responsabilidades e atitudes em relação à coleta, tratamento e uso de dados.
Além disso, os riscos crescentes de ataques cibernéticos tornam o assunto cada dia mais relevante para gestores de diferentes áreas. A disciplina que tem o papel de cuidar de todo o trânsito de informações dentro das empresas é a governança de dados. Todas as atividades que envolvem o tema dados estão dentro do guarda-chuva de responsabilidades da área.
Acompanhe o artigo até o fim e entenda sobre como funciona a governança de dados e como aplicá-la em sua empresa.
O que é Governança de dados?
A governança de dados é “tudo o que você faz para garantir que os dados sejam seguros, privados, precisos, disponíveis e utilizáveis. Isso inclui as ações que as pessoas devem realizar, os processos que devem seguir e a tecnologia que oferece suporte durante todo o ciclo de vida dos dados”.
Ela também ajuda a definir padrões internos (políticas de dados) que ditam como os dados podem ser coletados, armazenados, processados e descartados, bem como a definição de quem tem acesso a que tipo de dados dentro de uma organização. A governança de dados também deve seguir diretrizes externas, criadas por agências governamentais e outras partes interessadas.
Qual a função da governança de dados?
Como já dito anteriormente, a missão da governança de dados é garantir que os dados estejam seguros, protegidos, privados e utilizados dentro dos padrões internos e externos da empresa. Veja casos mais comuns de uso:
1) Administração de dados: É responsabilidade do pessoal que trabalha com a governança dos dados administrá-los de forma correta e gerir processos que garantam que estes sejam utilizados de forma adequada.
2) Qualidade dos dados: Deve-se assegurar a qualidade dos dados por meio de atividades ou técnicas que garantam que eles estejam adequados para uso. A qualidade dos dados pode ser medida em 6 dimensões: precisão, integridade, consistência, oportunidade, validade e exclusividade.
3) Gerenciamento de dados: Aqui entram todos os aspectos do gerenciamento de dados, indo desde a coleta, armazenamento, uso e supervisão que garantem que os dados sejam utilizados de forma segura, eficiente e econômica antes de serem descartados.
Quem é o responsável pela governança de dados?
Grandes empresas geralmente contam com uma equipe de governança de dados, que é responsável pelo desenvolvimento de metas e prioridades, criação do modelo de governança, conseguir aprovação para orçamentos e escolher as tecnologias a serem utilizadas. Confira os cargos mais comuns dentro da área de governança:
1) Proprietário de dados: Função que se encaixa mais para gerentes seniors, que devem especificar a necessidade por dados e a qualidade destes dentro da empresa. Tem o poder de decisão e sua função é voltada ao negócio.
2) Organizador de dados: Tem papel mais técnico, os organizadores de dados ou data stewards checam se todos os padrões e políticas de dados estão de fato sendo cumpridos diariamente. Normalmente fazem parte de uma equipe de gestão central ou departamento de TI.
3) Operador de dados: Os data custodians criam e mantêm os dados tendo como base as normas de uma organização. Isso engloba a integração organizacional e técnica, assim como atualizações e manutenção dos ativos de dados.
4) Comitê de governança de dados: É papel dos comitês aprovar as políticas e normas e resolver problemas de escalas. Pode ser dividido em subcomitês, quando a organização é de grande porte. A maioria das empresas conta com dois conselhos, um que é encarregado de cuidar de assuntos estratégicos sobre gerenciamento de dados e outro que lida com questões táticas.