O gerenciamento de redes é o controle de todo e qualquer objeto que possa ser monitorado dentro de uma estrutura de recursos físicos e lógicos. Eles podem ser acompanhados tanto em relação à eficácia quanto ao desempenho. Esse gerenciamento garante o controle das atividades, bem como o controle dos recursos no ambiente de rede.
Suas principais funções são obter informações da rede, prever e diagnosticar possíveis problemas e, ainda, identificar todas as soluções cabíveis.
Para a sua realização adequada, contamos com objetos e atores. São eles:
- objeto gerenciado: trata-se de qualquer objeto passível de ser monitorado em uma rede, podendo ser um dispositivo lógico (software) ou físico (hardware);
- agente: é o elemento que coleta as informações dos objetos gerenciados e as envia ao gerente;
- gerente: elemento que concentra as informações recebidas pelo agente e envia comandos a serem executados.
Cada rede deve ter ao menos um gerente. Sua responsabilidade é o monitoramento e controle dos agentes, que devem atuar mutuamente na rede.
O objetivo deste artigo é apresentar a importância de um gerenciamento de redes otimizado. Ao término da leitura será possível saber como realizá-lo para atingir os objetivos propostos de forma eficaz. Acompanhe o nosso guia até o final e entenda tudo sobre o tema.
Por que o gerenciamento de redes deve ser feito de forma adequada?
Apesar de um bom gerenciamento de redes ser capaz de oferecer inúmeros benefícios à empresa que o utiliza, se ele for realizado de forma inadequada poderá resultar em alguns problemas que comprometerão o resultado final do projeto, como veremos a seguir.
Tempo de desenvolvimento maior do que o necessário
Sem um gerenciamento adequado da rede, a sua equipe precisará concentrar esforços em atividades não prioritárias, em vez de concentrar-se no que realmente importa, que é a produção e o desenvolvimento dos seus produtos e serviços.
Aumento dos custos
Com a realização de atividades não planejadas, advindas de falhas que poderiam ter sido evitadas, é verificado um aumento desnecessário de custos em estrutura e mão de obra excedente.
Redução da competitividade
Os gastos realizados pela organização precisam ser repassados para o valor do produto final, o que aumenta o seu preço e reduz a competitividade em relação aos concorrentes que tenham uma operação mais eficiente.
Esses fatores negativos são reduzidos, dentro do seu contexto, a partir do momento é implementado um gerenciamento de redes mais adequado. Outros benefícios também são notados, tais como a redução de riscos e o aumento da segurança, pois os recursos de rede passam a ser utitlizados da forma correta.
Quais são os modelos de administração mais utilizados?
Por esse ser um serviço altamente difundido nos departamentos de TI, existem diversos frameworks à disposição dos gestores da área. Mas como identificar cada um deles e saber qual é o modelo ideal para o seu negócio?
É importante ressaltar que esses frameworks são utilizados na área de TI em geral. No entanto, eles podem ser convertidos em prol de gerar um planejamento e estratégia adequados de gerenciamento de rede. Vamos conhecer alguns deles mais a fundo nos próximos tópicos.
ITIL
Do inglês Information Technology Infrastructure Library (Biblioteca de Infraestrutura de Tecnologia da Informação.) o modelo ITIL, hoje na versão 4, é um dos mais conhecidos e utilizados no mundo. Ele aborda uma coletânea das melhores práticas para o alinhamento da TI, que vem de encontro com as necessidades da organização.
O seu principal objetivo é documentar informações sobre as melhores práticas ligadas à TI. Para isso, podem ser utilizados estudos de cases práticos ou referência de manuais e literatura especializada.
Assim, o ITIL se tornou um dos mais valiosos acervos de conhecimento na área de TI, e auxilia desenvolvedores, empresas, organizações e consultores a alcançar os seus objetivos estratégicos, oferecendo-lhes uma série de caminhos consolidados sobre o gerenciamento da TI com foco no cliente e na alta qualidade dos serviços prestados.
ITIL se organiza em função do Ciclo de Vida dos serviços empregados na empresa. Divide-se em 5 temas, a seguir:
1. estratégia de serviço;
2.projeto de serviço;
3.transição de serviço;
4.operação do serviço;
5. melhoria contínua do serviço.
Os processos e procedimentos são bastante explicativos em minuciosos detalhes, com a utilização de checklists. Dessa forma é possível saber se a empresa está empregando a tecnologia da maneira correta.
FCAPS
Trata-se de um modelo e estrutura da Rede de Gerenciamento de Telecomunicações ISO para o gerenciamento de redes. FCAPS é um acrônimo para falha, configuração, contabilidade, desempenho, segurança, que são as categorias nas quais o modelo ISO define as tarefas de administração de rede, como pode ser visto abaixo.
- Fail (Gerência de Falhas);
- Configuration (Gerência de Configuração);
- Accounting (Gerência de Contabilização);
- Performance (Gerência de Desempenho);
- Security (Gerência de Segurança).
Esse modelo conta com o fornecimento, integração e coordenação de hardwares e softwares. É necessário, ainda, mão de obra humana e qualificada cuja função é monitorar, testar, configurar, consultar, analisar, avaliar e controlar a rede.
É necessário atender a requisitos de desempenho, qualidade, segurança e operação em tempo real, com custo justo.
ISO 20000
A ISO/IEC 20000 é a primeira norma a ter reconhecimento internacional para gestão de Tecnologia da Informação. Define requisitos formais, apresentando políticas, objetivos e procedimentos que deverão ser adotados.
O seu desenvolvimento foi baseado na BS 15000 (British Standard), buscando ser totalmente compatível com o ITIL e é publicada em duas partes:
1.I SO/IEC 20000-1: descreve os requisitos para desenvolver e implementar um sistema de gestão de TI;
2.ISO/IEC 20000-2: explica quais são as melhores práticas para a gestão de serviços.
Essa norma não tem o seu foco apenas nas necessidades tecnológicas da empresa, mas orienta de acordo com os objetivos da empresa, adotando uma metodologia conhecida como Plan-Do-Check-Act (PDCA), que consiste de quatro tarefas:
- Plan – planejar: estabelece os objetivos e processos necessários para entrega dos serviços com qualidade;
- Do – fazer: implementa os processos estabelecidos no plano;
- Check – verificar: monitora e estabelece métricas para os processos visando confirmar se eles estão sendo executados com qualidade;
- Act – agir: toma ações que visam a melhoria contínua dos processos e dos resultados gerados.
Como estruturar um gerenciamento de redes eficaz?
Para que o gerenciamento de redes seja verdadeiramente eficaz, é vital que o serviço seja fragmentado em setores especializados. Veremos detalhes de cada um desses setores a seguir.
Gerenciamento de configuração
O gerenciamento de configuração está relacionado à manutenção, adição e atualização de relacionamentos entre os componentes e da situação dos componentes durante a operação da rede. Engloba, ainda, a configuração dos parâmetros como os limites para que um alarme seja ativado e uma notificação seja enviada.
O gerente deve ser capaz de, identificar os componentes da rede e definir a conectividade entre eles, modificar a configuração em resposta às avaliações de desempenho, recuperação de falhas, problemas de segurança, atualização da rede ou para atender às necessidades dos usuários.
Suas principais funções são:
- coleta de informações;
- controle de inventário;
- início e encerramento das operações dos elementos gerenciados;
- alteração da configuração dos elementos;
- geração de relatórios.
Gerenciamento de falhas
O objetivo dessa especialidade, que é uma das mais importantes do gerenciamento de redes, é detectar e isolar possíveis problemas que possam causar falhas. Chamamos de falha qualquer condição anormal cuja recuperação exija uma ação de gerenciamento. Elas são causadas por operações incorretas ou um número excessivo de erros e devem ser eliminadas o quanto antes.
Para eliminar uma falha é necessário executar alguma mudança na configuração da rede, que é responsabilidade do gerenciamento de configuração. Cada componente essencial deve ser monitorado individualmente, dessa forma, várias falhas podem ser resolvidas automaticamente. O ideal é que elas sejam detectadas antes que os seus efeitos sejam percebidos.
Quando ocorre uma falha, o gerente de redes deve:
- determinar o local da falha;
- isolar, para que o componente possa continuar a funcionar sem interferências;
- reconfigurar a rede a fim de minimizar o impacto da operação sem o componente que falhou;
- reparar ou trocar o componente com problemas para restaurar a rede ao seu estado anterior.
Gerenciamento de desempenho
Esse é o modelo de gerenciamento que garante a qualidade de serviço exigido pelas aplicações, além de assegurar que sejam obtidos os menores custos. Sua função é adequar os meios de comunicação que são utilizados pelos usuários às suas reais necessidades. Para obter esse objetivo é necessário antecipar-se aos usuários na manutenção dos níveis de desempenho dos serviços oferecidos.
Suas principais atividades são:
- monitorar o desempenho;
- caracterizar recarga de trabalho;
- ajustar parâmetros;
- identificar gargalos e corrigi-los;
- comparar desempenho entre sistemas alternativos;
- dimensionar os componentes do sistema;
- gerar previsão de crescimento e tendências.
Essas estatísticas de desempenho auxiliam no planejamento, administração e manutenção de grandes redes, sendo úteis para reconhecer situações de gargalo e aplicar ações corretivas antes que elas possam causar problemas ao usuário.
Gerenciamento de segurança
Responsável pela segurança da rede. Deve proteger os recursos e as informações privadas dos usuários, disponibilizando-as apenas para os que estão autorizados. Sua política de segurança deve ser efetiva e robusta.
O gerenciamento de segurança responsabiliza-se por:
- chaves de criptografia;
- controle de acesso;
- monitoração e controle de acesso à rede;
- coleta, armazenamento e exame de registros de auditoria e logs de segurança;
- controle de serviços;
- conformidade da política de segurança;
- controle do acesso à rede.
Gerenciamento de contabilidade
Sua função é lidar com os privilégios dos usuários da rede, administrar os seus custos e estabelecer métricas sobre o uso de recursos e serviços. O gerente deve especificar os tipos de informações de contabilização a serem registrados em cada nó, bem como o intervalo de entrega de relatórios de mais alto nível e os algoritmos usados no cálculo da utilização.
Com isso, pretende-se evitar abusos de privilégios de acesso, uso ineficiente da rede, além de conhecer as atividades dos seus usuários em detalhes, com o objetivo de planejar o correto desempenho da rede.
Como realizar o monitoramento de redes?
O gerenciamento de redes divide-se em duas categorias principais: a monitoração e o controle de rede. Quando uma empresa inicia a implementação do gerenciamento de redes, é fundamental que ela se preocupe em contar com maneiras eficazes de realizar tal monitoramento, pois só assim poderá identificar falhas no processo antes que elas ocorram e compreender o comportamento da rede da empresa.
A melhor forma de encontrar a solução ideal para o monitoramento é observar se o monitor de tráfego de redes conta com algumas características essenciais para o êxito da tarefa. São elas:
- informações e alertas em tempo real;
- mensuração do consumo de links;
- interface amigável;
- análise detalhada do status, do tipo de tráfego e de quem são os consumidores de recursos de sua rede;
- dashboards automáticos.
Ferramenta para realizar o gerenciamento de redes
Através do OpMon Traffic Analyzer é possível monitorar e gerenciar todos os tipos de dados trafegados pela rede da sua empresa. A análise via gerenciamento de rede é essencial para entender o comportamento de uso dos recursos e identificar problemas e gargalos.
Por meio de uma interface amigável, os usuários podem utilizar um web browser para navegar pelas informações de tráfego da solução em tempo real e obter uma análise detalhada do status, do tipo de tráfego e quem são os principais consumidores de recursos de sua rede.
Confira mais informações e datalhamento da plataforma para gerenciamento de rede abaixo!
Principais motivos para realizar o gerenciamento de rede:
- Entender o comportamento de tráfego da rede da sua organização;
- Identificar a origem dos problemas gerados por anomalias do tráfego;
- Validar o impacto das mudanças planejadas na rede;
- Identificar a causa-raíz do congestionamento da rede;
- Medir o consumo de links de cada aplicação ou usuário;
- Identificar quais são as aplicações que mais consomem banda.
Análise de links
- Checagem de tempo de latência e perda de pacotes, possibilitando % de disponibilidade mensal;
- Gráficos de utilização quantitativa e qualitativa;
- Módulo de coleta de tráfego de rede LAN e WAN, identificando tipos de protocolos que trafegam e a que aplicativos pertencem e quem são os geradores/consumidores deste tráfego;
- Coleta de informações sem que o processo cause indisponibilidade ou interrupção nos links Wans ou na rede local.
Recursos/Features
- TOP traffic utilization Dashboard;
- Dashboards com detalhamento de tráfego da rede;
- Sondas/Probes ilimitadas;
- Armazenamento de até 2 anos de dados de tráfego;
- Suporte a tecnologia de NetFlow 5 e sFlow;
- Drill down de diferentes combinações dos campos de NetFlow, sFlow e Probes;
- API para relatórios customizados e alarmes;
- Alertas e relatórios em tempo real;
- Integração completa com o OpMon para alarmes e capacity planning;
- Agentes de monitoramento para análise de tráfego.
Conclusão
Após a leitura deste artigo, torna-se mais fácil compreender a importância de gerenciar adequadamente as redes de uma empresa, além de conhecer os inúmeros benefícios que essa atividade proporciona para o negócio.
A OpServices é uma empresa experiente em encontrar soluções de Governança de TI e Monitoramento do Tráfego de Rede, utilizando para isso um software de interface amigável e análise detalhada, gerando decisões mais rápidas e precisas. Seu principal software é o OpMon que, além de monitorar a infraestrutura física, também monitora as informações críticas para qualquer tipo de banco de dados.