Quando ouvimos falar em Big Data, logo nos vem à cabeça grandes empresas que utilizam essa possibilidade para lidar com a base de informações que alimentamos diariamente. Estratégias de marketing, revisão de serviços, análise de comportamento do consumidor — são diversas as possibilidades de manipulação dos dados.
Se considerarmos, porém, que a função do Big Data é reunir a informação que está espalhada de forma analítica, por meio de ferramentas matemáticas e de tecnologia, vemos que os seus serviços podem ser aproveitados por diversos setores além do mercado imobiliário, financeiro ou de moda — que são os que mais requisitam o serviço. A área de saúde é uma dessas possibilidades.
Imagine a ideia de salvar vidas com a análise de dados? Pois isso não é uma realidade tão distante quanto você imagina. Nesse post te contaremos mais sobre como é possível utilizar o Big Data aplicado à Saúde. Confira!
Otimização dos serviços
Muitos dos prontuários médicos são ainda escritos em papel e nem sempre com a segurança de que serão direcionados para uma base de dados eletrônica. Isso faz com que seu uso seja apenas durante o atendimento do paciente, ao invés de compor uma estratégia maior sobre os serviços do hospital. Ao unir todas essas informações, é possível entender o número de exames que são feitos, de materiais mal aproveitados, de horários de pico de atendimento, situação do estoque, entre outros. A gestão do orçamento e do tempo fica, assim, mais eficiente, possibilitando o direcionamento do investimento para as áreas com maior necessidade.
Compartilhamento de informações
Com uma base unificada, as informações podem ser compartilhadas entre as unidades de saúde, consultórios e hospitais, gerando um painel da saúde mais completo. Esses relatórios podem auxiliar na gestão das instituições, na criação de políticas públicas e estratégias para o terceiro setor.
Segurança hospitalar
Um acompanhamento mais apurado garante também o mapeamento dos erros frequentes, como medicamentos receitados erroneamente, problemas nos laudos ou demora excessiva de atendimento e suas possíveis soluções. Garante-se, assim, maior segurança para os pacientes.
Campanhas de prevenção
Ao mapear as maiores ocorrências ou as doenças mais frequentes, é possível desenhar campanhas de prevenção, em parceria com os órgãos locais. Se os casos de gripe H1N1, por exemplo, apresentarem crescimento, podem ser veiculadas peças de comunicação com dicas para evitar a infecção, como lavar bem as mãos, higienizar copos e garrafas de uso compartilhado, etc.
Controle de epidemias
Quando o crescimento de uma doença é associado diretamente a uma região, pode-se caracterizar como epidemia. A rápida associação dos dados do Big Data permitirá a identificação desse comportamento em tempo real, permitindo a intensificação da ação local e, consequente, a minimização do espalhamento.
Pesquisa de doenças complexas
Doenças mais graves e cujo comportamento pode ser mutável precisam de pesquisa constante e nesse ponto o Big Data aplicado à Saúde é fundamental. Por meio dele, seria possível, por exemplo, analisar os padrões de mutação do vírus HIV, aprimorando os estudos para uma possível vacina. Uma outra situação seria para o tratamento de vários tipos de câncer que geram diferentes reações dependendo do paciente. Ao ter em mãos experiências bem-sucedidas em outros hospitais, as técnicas e diagnósticos de tratamento podem ser especializadas.