Ao mesmo tempo que a internet e os dados gerados dentro das empresas agregam alto valor e velocidade aos negócios, também trazem grandes riscos e vulnerabilidade, uma vez que aumentam significativamente a superfície de ataque. Só no ano de 2021, o Brasil foi o 5º país que mais sofreu com ataques cibernéticos. Grandes empresas como Lojas Renner, iFood e diversos sites do governo foram alvos de diferentes tipos de ataques virtuais que causaram a paralisação de seus serviços por mais de um dia.
A melhor forma de se prevenir contra ataques é conhecer quais são as principais ameaças e como funcionam as técnicas de ataque de cada um deles. No artigo de hoje apresentaremos os principais tipos de ciberataques utilizados pelos criminosos e sua forma de penetração à rede corporativa das vítimas.
Como funciona um ataque virtual
Se enquadram como ataques cibernéticos as tentativas ofensivas dos hackers de penetrar em redes e sistemas a fim de causar danos ou roubar dados. Os criminosos digitais violam dados sensíveis para coletar informações de cartão de crédito, roubar propriedade intelectual, danificar a rede de empresas-alvo, sequestrar dados usados na operação da empresa ou até mesmo expor estes dados publicamente.
Os vetores de ataque permitem que os cibercriminosos explorem as vulnerabilidades dos sistemas ou fragilidades humanas através da engenharia social. Alguns dos vetores mais utilizados são o e-mail, os arquivos anexos, páginas web, pop-ups, mensagens instantâneas, mensagens de texto, entre outros.
Estes podem ser divididos em dois grupos: ativos e passivos. No ataque passivo o criminoso tenta acessar o sistema, porém não compromete os recursos do mesmo, phishing e ataques que usam engenharia social são exemplos desse tipo de ataque. Já no ataque ativo, o intuito é tentar alterar um sistema, afetando a operação deste, explorando possíveis vulnerabilidades e até mesmo falsificando e-mails, como exemplo de ataque podemos citar o ransomware.
Principais tipos de ataques virtuais
Conheça os principais métodos de ataques utilizados por cibercriminosos para atacar empresas
mais comuns e como se caracterizam sua forma de atuação.
1 – Backdoor
O backdoor se assemelha ao cavalo de troia (trojan), ele dá ao invasor acesso ao sistema infectado permitindo um controle remoto deste. De posse das permissões, o criminoso consegue abrir, modificar e deletar arquivos, executar programas, enviar e-mails e até mesmo instalar softwares. Os programas de backdoor podem ser instalados tanto em componentes de hardware ou software, podendo ser disseminados via apps maliciosos em dispositivos móveis.
Os backdoors podem ser comparados a “portas secretas” para determinado lugar, sendo estas conhecidas por poucas pessoas que podem tirar proveito das mesmas para executar ações, sem levantar suspeita. Muitas vezes eles já vem instalados nos sistemas, a fim de atualizações e manutenções, sendo utilizados para o “bem”, mas ao mesmo tempo tem um potencial de serem altamente destrutivos para a segurança de dados, quando utilizadas pelas mãos erradas.
2 – Phishing
No Brasil, é o lugar onde mais se tem vítimas de phishing. O nome phishing remete à fishing (pescaria em inglês), onde os criminosos “jogam uma isca” para tentar capturar os dados das vítimas. A técnica normalmente é enviada por e-mail ou por mensagem via WhatsApp/SMS, direcionando para algum link malicioso. Quando o usuário clica nesse link, que supostamente deveria levá-lo para algum produto ou serviço, são solicitados os dados do usuário que no futuro serão utilizados para outras fraudes.
3 – Ransomware
Conhecido como “malware que sequestra dados” o ransomware bloqueia o acesso a todos os dados sensíveis da rede atacada, os quais só serão liberados mediante a pagamento de uma quantidade de dinheiro (normalmente em bitcoin ou outra criptomoeda), mas não é nenhum pouco aconselhável realizar esse tipo de pagamento, as chances de não obter os dados de volta são sempre altas.
4 – Malwares
O malware é considerado um software malicioso ou código malicioso que tem como objetivo principal danificar dados ou agir no sistema da vítima sem sua autorização. Esse tipo de ataque também pode ser utilizado para ganhar dinheiro de forma ilícita, com criptografia de dados, excluindo-os ou sequestrando funções básicas do computador e espionando as atividades básicas do usuário sem o seu conhecimento. O ataque geralmente ocorre ao acessar sites já contaminados e até mesmo via e-mail.
5 – Ataque DDoS
O ataque de negação de serviço distribuído (DDoS) tem como foco paralisar as empresas, fazendo com que essas tenham perdas financeiras e sofram uma degradação em sua reputação. Seu intuito é sobrecarregar as atividades no servidor, provocando lentidão em sistemas e deixando sites e acessos indisponíveis para seus usuários. Esse tipo de ataque é muitas vezes usado por empresas concorrentes que contratam “mercenários digitais” para prejudicar seus concorrentes. Um outro uso comum são alvos políticos, visando sites governamentais, por exemplo.
6 – Ataques direcionados
Esse tipo de ataque utiliza informações específicas de uma empresa para executar o ataque. O cibercriminoso estuda a empresa e encontra alguma falha de segurança ou faz uso de técnicas de engenharia social para induzir os profissionais da organização ao erro. Após essa fase, já dentro do sistema da empresa, começam a executar rotinas maliciosas ou uma coleta de informações e, ao encontrar um dado valioso, se inicia o sequestro de informações digitais.
7 – Trojan
Também conhecido como cavalo de tróia, o Trojan pode ser descrito como o “meio” para a entrada de malwares nos sistemas. Ele finge ser algum programa que tem uma funcionalidade útil para o usuário, quando na verdade seu real intuito é ser uma porta de acesso para invasões, como roubar a senha do usuário. O principal meio de propagação é ao realizar download de uma ferramenta gratuita na internet ou via pirataria de software.
8 – Spyware
Também conhecido como software espião, a sua missão é coletar informações sobre o usuário. Sua atuação é sorrateira e se instala no sistema operacional sem o consentimento de sua vítima. O spyware coleta informações sobre dados acessados, histórico de navegação e pode até mesmo acessar câmeras de notebook ou celular.
9 – Ataques persistentes avançados
O foco desse ataque é a espionagem via internet. Na maioria das vezes, os ataques persistentes avançados visam uma empresa específica e as tentativas de ataque só cessam quando o objetivo de entrada na rede for atingido, mesmo que isso possa demorar meses. Os cibercriminosos utilizam de várias técnicas para coletar informações como injeção de SQL, malwares, spywares, phishing, spam, etc. Tudo que estiver ao alcance para obter informações importantes é utilizado.
10 – Business E-mail Compromise
Utilizando engenharia social, o BEC tenta enganar os colaboradores da empresa. O golpista estuda a organização da qual fará de vítima, analisa o organograma da empresa e foca nas pessoas certas para aplicar a fraude. Normalmente identifica um profissional da alta hierarquia ou alguém do setor financeiro responsável pelos pagamentos. O perigo desse ataque é que ele utiliza de informações reais e do dia a dia da empresa para induzir pessoas ao erro, como pagamento de um boleto falso.
Conclusão
Como podemos observar, atualmente existem muitas maneiras das empresas receberem ataques virtuais. Todos os 10 ataques listados podem ser prevenidos, ou pelo menos mitigados, com boas práticas de segurança da informação adotadas pela sua empresa. Confira nossa página dedicada ao assunto e conheça nossos serviços de SOC, Análise de Vulnerabilidades e Pentest.
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