Descubra como a internet das coisas (IoT) pode melhorar a eficiência do seu negócio, deixando de ser tendência e se transformando em realidade! A tomada de decisões baseada em indicadores em tempo real se tornou uma prática já comum em mercados maduros de tecnologia, como o norte-americano e o europeu.
No Brasil, esse processo ainda está se iniciando justamente pela dificuldade de integrar diferentes sistemas e parques tecnológicos com um ecossistema de aplicações bastante heterogênio.
Há alguns anos falamos sobre a internet das coisas, mas somente agora as empresas possuem tecnologia de baixo custo para colocar este conceito em funcionamento e gerar maior eficiência operacional, está se tornando realidade para empresas orientadas a investimentos tecnológicos.
Hoje, por exemplo, já é possível comprar sensores que conectem uma “coisa” à internet a partir de USD 1,50, made in China. O sensor com conexão Wi-Fi pode enviar informações de uso, disponibilidade de recursos ou qualquer outro dado importante de ser gerenciado a outro sistema.
Mas o que a internet das coisas tem a ver com isso?
A internet das coisas enfrenta as mesmas dificuldades de tudo que aparece como uma tendência tecnológica, mas que necessita da maturação do mercado para a sua adoção em larga escala.
Nos últimos dois anos, principalmente, começaram a surgir diversas aplicações da internet das coisas dentro de mercados já maduros da tecnologia, como a automação de processos de negócios (BPM), o gerenciamento de redes e sistemas (NSM), o monitoramento das atividades de negócios (BAM), a integração entre aplicações, entre outros.
Evolução da Tecnologia IOT
A evolução da tecnologia e a redução de custos de sensores e equipamentos Arduino têm impulsionado a adoção da internet das coisas a partir de um investimento não proibitivo. O Arduino é um conjunto de ferramentas de prototipagem eletrônica open source que visa tornar mais fácil a criação de dispositivos e sensores eletrônicos. Pode ser especialmente útil na automatização dos processos da sua empresa.
Também é possível criar protótipos que permitam a comunicação de coisas: desde máquinas industriais até a integração total do escritório (luzes, aparelhos, ar-condicionado, etc) com a internet.
No vídeo abaixo é possível visualizar diversas aplicações da Internet das Coisas para facilitar nossas vidas:
Através da experiência da OpServices com o monitoramento de processos de negócios e visualização de dados referentes à inteligência de negócios e à integração entre aplicações, podemos elencar alguns exemplos de aplicações da internet das coisas para gerar dados voltados à tomada de decisões:
Controle de recursos disponíveis aos clientes
Em um projeto realizado para um de nossos clientes, foi solicitada a criação de uma visão de negócios orientada à tomada de decisões que apresentaria o controle dos recursos disponíveis em um paradouro de caminhões, com 18 vagas.
A infraestrutura era controlada por sensores para medir: funcionamento das câmeras de vigilância, capacidade de lixo nas lixeiras, fluxo de água, utilização das lâmpadas, acesso ao Wi-Fi e tempo de ‘estadia’ de cada caminhão. Veja o dashboard abaixo para entender como isso era controlado:
Sensores no datacenter
Os medidores de temperatura e umidade são um exemplo já consolidado de internet das coisas nos ambientes de TI. Tanto os sensores construídos a partir de Arduino como os comercializados pelo mercado já para um fim específico têm sido amplamente utilizados para controlar a temperatura e a umidade de datacenters.
Esses sensores são integrados à alguma ferramenta de monitoramento de redes e sistemas e, caso a sua temperatura ultrapasse 24ºC ou 70% de umidade, por exemplo, são gerados alertas para a tomada de ações corretivas. Esses alertas podem indicar que os arcondicionados não estão funcionando, colocando em risco a integridade dos servidores alocados no datacenter.
>> Explicação técnica sobre seu funcionamento >> Como já explicamos anteriormente em um post, a implementação poderia utilizar um sensor de temperatura e umidade DHT11 e um display de Led de 4bits para visualização dos valores coletados e estado do serviço. Já a comunicação e a alimentação do circuito poderia ser feita pela porta USB de um computador conectado à rede.
Para cada ciclo de monitoramento o Arduino realiza uma comunicação serial pela porta USB, enviando o resultado que foi coletado no sensor para um equipamento em rede que tratará de repassar esta saída para o servidor da ferramenta de monitoramento usando checagem passiva (nsca).
A implementação pode utilizar um servidor intermediário. Porém, com o emprego de um “shield” Ethernet e algumas linhas de programação, o próprio Arduino poderia enviar os dados para o servidor de monitoramento.
Descobrir a quantidade de pessoas que entram nas suas lojas
Sensores de movimento que contam as pessoas que passam por uma determinada entrada de loja, além das informações sobre faturamento da loja podem ser um grande e podem gerar informações úteis para uma melhor gestão no varejo. As empresas poderiam assim monitorar a eficácia de campanhas de marketing, merchandising, alterações de preços, entre outros indicadores.
Nesse caso, há um claro alinhamento entre TI e negócio, com um consequente ganho de eficiência baseado em informações em tempo real.
>> Explicação técnica sobre seu funcionamento >> Utilizando um sensor ultrasônico integrado a uma placa Raspberry PI é possível criar um protótipo para a contagem de pessoas. Esse sensor calcula a sua distância até a parede através de uma emissão de som, não audível para o ser humano, que bate em uma parede e volta.
Quando a distância entre o sensor e a parede diminui é adicionado 1 pessoa ao contador. Além disso, é possível gravar a data e a hora que cada pessoa passou pelo sensor. Neste exemplo abaixo, criamos um dashboard que cruza informações sobre o negócio: faturamento das lojas x números de visitantes! Assista um vídeo sobre como criar o protótipo descrito!
Monitoramento de performance de equipamentos industriais
Muitos dos novos equipamentos industriais já têm vindo com kits tecnológicos voltados ao envio de informações através da rede para o monitoramento da sua utilização. Porém, muitos dos equipamentos mais antigos não possuem qualquer tipo de conexão à internet ou IP, que permita medir: taxa de utilização, envio de notificações em caso de problemas, envio de relatórios sobre a gestão de recursos ou a possibilidade, por exemplo, de automatizar ordens de compra a partir das informações do equipamentos com plataformas de monitoramento das atividades de negócios.
Controle de consumo de energia
Os aumentos recentes do custo da energia teve um grande impacto nas empresas no último ano, principalmente no setor industrial. O controle de consumo de energia já vinha se tornando uma preocupação das empresas, também, impulsionado pelos consumidores que exigem que as empresas gerem cada vez menos impacto ambiental.
A possibilidade de colocar sensores em todos os equipamentos consumidores de energia é um diferencial para saber o custo energético de todas as tecnologias utilizadas pela empresa.
Outras aplicações
Existem diversas outras aplicações de utilização de internet das coisas com grande impacto no mercado empresarial. Não só na área do monitoramento de todas essas “coisas” ou dispositivos. Até mesmo no setor governamental existe um grande caminho para ganho de eficiência.
Com a integração entre internet das coisas e BPM é possível, por exemplo, automatizar processos de serviços públicos com a colocação de sensores que acionam comandos a partir de problemas como entupimento de bueiros, queima de lâmpadas em postes de rua, enfim, inúmeras possibilidades. Outro exemplo é o da empresa Clic, que criou um “botão” que executa ações pré-configuradas através da comunicação com a internet.
A tendência dos wearables
A interface amigável é um dos fatores que de extrema importância para a adoção dos sensores na internet das coisas. Se as empresas de software precisam focar em facilidade de uso e em design intuitivo, as empresas que desejam trabalhar com internet das coisas precisam tornar natural o seu uso, “disfarçando” os sensores e tornando sua utilização mais atraente através de wearables (relógios, roupas, tênis, entre outras).
Um exemplo disso é a empresa Enflux que criou uma roupa com diversos sensores para monitorar indicadores de desempenho de exercícios físicos, como: distância percorrida, localização do usuário, velocidade, inclinação do corpo e movimento, entre outros.
Quer saber mais sobre internet das coisas? Então leia nosso post anterior sobre o assunto!
Para saber “ainda mais” sobre o tema internet das coisas, recomendamos assistir a palestra de Fabiano Vergani, realizada no evento Bom dia TI.